Café forte, pão, pouco requeijão. Água. Conferir boné, fones, tocador mp3, jujuba de reposição de carbohidrato, relógio GPS, frequencímetro. Foi tudo meio em cima da hora, conferido só uma vez; conclusão: GPS desregulado, tive que desligar minutos após a largada. Resolvi ir na "emoção".
Foi "emocionante!" Tudo deu errado...
Fiz as duas primeiras horas em torno de 9,5km/h, 6min18seg por km, quarenta segundos mais rápido do que o planejado. E isso num trajeto de ladeiras! Na terceira hora, início da segunda metade da prova, começou a chegar a conta dos longas que não fiz, da musculação que parei de fazer, do ritmo muito puxado no início da prova e só consegui correr pouco mais que 7 km , chegando ao km 26 às 10:00 da manhã, com 3 horas de prova. O sol estava a pino, o dia abafado, as panturrilhas queimavam nas subidas e as coxas nas descidas. Ficava esperando pelos postos de hidratação para dar uma caminhada e descansar enquanto bebia água. No km 28 com 2/3 de prova cumpridos aconteceu o colapso muscular total. Era impossível trotar mais que 100, 150 metros, se insistisse em correr seriam cãimbras generalizadas e abandono da prova. Fiz umas contas rápidas e ainda tinha 2h45min de prova para cumprir 14 km e não estava difícil andar. Fui em frente, ainda com esperança de conseguir alguma recuperação miraculosa ao ponto de voltar a correr. Mas o milagre seria completar os 42km. Com quase cinco horas e meia de prova entro de volta na avenida de largada. Perto da chegada busquei forças para o já tradicional sprint e cheguei feliz de ter me tornado um maratonista veterano...