quarta-feira, 19 de maio de 2010

O reinício

Após duas semanas de muletas, recomecei pela natação. Não cheguei a parar de fazer musculação mas restringi os exercícios. Não queria perder os ganhos já conquistados a grandes esforços. Nadar foi sempre presente na minha vida, nos mais variados momentos, de várias maneiras diferentes.
Foi fácil manter o ritmo. Já estava acostumado a acordar antes das 6 da manhã. Quase nunca ouvia o despertador tocar, geralmente acordava antes. E ainda tinha uma vantagem adicional, a natação era um dos treinos alternativos propostos pelo método FIRST, que havia descoberto em buscas na internet e que achei que era o que mais se adequava ao meu perfil.
Expliquei à professora ( Maitê) minha situação e objetivos, inclusive o sonho de completar uma maratona e da importância da natação no treinamento global. Desde o primeiro dia acolhedora, a Maitê foi uma incentivadora da primeira hora, acreditando na recuperação rápida e na minha determinação na busca dos resultados.
Com isso, no final de outubro estava de volta à esteira, de forma regrada, 3 vezes por semana.

sábado, 15 de maio de 2010

Correr é voar

Correr implica em estar em algum momento do deslocamento sem nenhum apoio no solo.
Por alguns instantes somos seres alados. Só há um problema, não temos asas. Joelhos, pés, pernas e tornozelos, aí vai a carga maior. Resumindo, do joelho para baixo. O Elefante sempre mantém uma das patas no chão quando " corre" . Nós não, nós voamos, mais de 100 vezes por minuto, até que parece que tem um "motorzinho" nos levando para um passeio.
Quando a corrida chega a esse estágio minha sensação é que estou voando bem baixinho e vou curtindo o som e a paisagem ao redor. As duas semanas de muletas mostraram como são importantes as pernas e os limites, que devem ser respeitados para ser quebrados.
Em outubro tive que interromper a esteira, alguns exercícios da musculação mas voltei para uma amante antiga: a natação.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Qual é o único animal que não corre?

O Simbalista fez umas perguntas por telefone e matou a charada. Disse que não era lesão de menisco e que parecia lesão ósteo-condral por stress, sendo necessário fazer uma ressonância de joelho. Dito e feito a rnm mostrou fratura por stress do plateau tibial esquerdo + lesão ósteo-condral por stress do direito. Tratamento: muletas enquanto estivesse doendo - tirar a carga daquela perna.
Foi terrível e ao mesmo tempo muito bom que isso tivesse acontecido naquele momento. A limitação das muletas me mostrou um mundo com outros olhos, mostrou o valor inestimável que é poder se locomover sem dificuldades com as próprias pernas. Serviu como um alerta para passar a respeitar os limites do próprio corpo, que com cautela podem ser extendidos.
E aprendi qual é o único animal que não corre: o elefante!

Acabei me lambuzando todo!

Pois bem, aos 112, 113 kg comecei a dar umas corridinhas de 3, 4 minutos. Ficava geralmente uma hora na esteira, umas 4 a 5 vezes por semana. Quando corria, a sensação era que a academia ia "ruir". Tremia tudo, parecia que a esteira ia desmontar. Estávamos no final de agosto/ início de setembro de 2009. Viajei para um congresso em Berlim onde fiquei por uma semana. Andava o dia inteiro, quilômetros por dia. Conheci tudo a pé. Teve um dia em que saí ás seis da manhã para andar/correr com o Flávio Malcher ( amigo super incentivador da corrida). Meio sem graça de obrigá-lo a andar, acabei mais coorrendo que andando. Fiquei quase o tempo todo com uma dor permanente um pouco abaixo dos dois joelhos, na altura do plateau tibial.
De volta da viagem, carga total para ver se conseguia me preparar para correr os 5 km da prova da Adidas da primavera. Numa terça feira no final de um tiro ( corridinha) senti uma dor aguda bem no local de inserção da pata de ganso. Gelo, gelo, gelo, só doía quando colocava o pé no chão. No sábado tentei novamente andar/correr na esteira. A dor voltou, muito mais aguda e intensa. Passei uma semana colocando gelo quase 24horas por dia, anti-inflamatório direto e nada de melhorar. No sábado seguinte, 26/09/2009, joguei a toalha e liguei para o amigo ortopedista Luís Simbalista.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Muita sede ao pote

Já diz o ditado: " quem nunca comeu melado quando come se lambuza". Foi tomar gosto pelo exercício, pela endorfina/serotonina para achar que logo conseguiria correr. Já tinha perdido una 5a 7 kg, estava pelos 112-113 kg quando me inscrevi na prova da Adidas da primavera para correr 5 km. Não queria andar, queria correr, nem que fosse bem devagar. Comecei a dar umas corridinhas de um, dois minutos no meio da caminhada da esteira

Início

Desde o início mudei radicalmente um dos meus hábitos mais arraigados: acordar cedo. A vida inteira sempre tiver horror a acordar cedo, fui sempre um ser noturno. Porém a partir dos 40 anos isso foi mudando. Pouco a pouco fui deixando de ser um ser noturno para ser matinal. Quando iniciei o programa de exercícios o único horário regular possível era às 6 da manhã. Inacreditavelmente consegui acordar todos os dias antes do despertador, regulado para 5:45h. Ás 06:05 geralmente estava entrando na academia para uma sessão rápida de musculação, um dia série para perna, outro para braço. Depois da musculação, esteira. No início só conseguia caminhar por 30 minutos. Logo ficava 40 minutos a uma hora na esteira. A sensação de controlar a si mesmo era fantástica!
Nas primeiras semanas continuei glutão como sempre e o ponteiro da balança não mudou. Tirei as gorduras, carne de boi só em churrasco ou churrascaria, peixe todos os dias, almoço e jantar. Pronto! Os quilos começaram a ir embora, 1,5 a 2 por semana.

Porque o título?

Na hora em que resolvi escrever esse blog a idéia era registrar a experiência que estava vivendo. Mas qual seria o título? Pensei em vários, todos muito óbvios. De todos os objetivos, o maior era melhorar a saúde e o bem estar e a consequência disso é conseguir me tornar um velhinho saudável. É difícil ver uma pessoa de 90 anos gorda, chegam lá os magrinhos que têm algum tipo de atividade física. ( que me perdoe o Jô Soares, que fica o tempo todo buscando evidências do contrário). No caminho que estava indo, gordo, hipertenso, com a glicose alta - ainda não diabético mas indo nessa direção- a resultante seria uma vida sem envelhecimento, ia morrer novo na certa! Por isso " correndo para envelhecer" , com pressa de ficar saudável e CONSEGUIR envelhecer com saúde.