terça-feira, 20 de julho de 2010

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Completei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Há um ano disse a mim mesmo que faria isso. No início não acreditava muito. Resolvi contar para todo mundo, para tornar público meu compromisso. Tomei gosto pela coisa. Consegui uma lesão por excesso de treinamento. Retomei mais criterioso e firme de objetivo e propósito. E consegui.
Acordei às 04:15 da manhã e tomei o café da manhã de sempre: duas fatias de torrada, café e coalhada. Às 05:15 estava pegando o ônibus para o Recreio. O motorista não sabia o caminho e do Alvorada em diante tive que ir ensinando o caminho. Sentei ao lado de um cara de Brasília e atrás de dois baianos. Éramos poucos os cariocas dentro desse ônibus.
Chegando no Recreio fazia um friozinho, não chegava a incomodar mas estava frio. Fiquei sentado num meio-fio observando a variedade de pessoas que se preparava para a largada, cada um com o seu ritual. Depois de um tempo o Flávio me achou. Ficamos um tempo juntos e nos separamos para a largada. Ainda encontrei o Haroldo que largou alguns metros a minha frente. Nesse momento já não estava nervoso, ansioso ou tenso. Estava absolutamente tranquilo, como sempre fiquei em qualquer tipo de prova. A preparação acabou, de uma forma ou de outra estava pronto, só restava fazer a prova. E passou rápido! Largamos! De cara um "aquecimento" de 3 km dando a volta até a Macumba e passando de novo pela largada. Recreio, Reserva e Barra, primeira metade da prova. Fiquei tão preocupado com a hidratação antes da prova que tive que fazer "pipi" stop nos km 5, 10 e 15! Depois disso acho que houve um equilíbrio entre o que perdi no suor e o que bebi e não precisei de mais nenhuma parada. Na Barra uma grande alegria, encontrar o Paulo José junto com o seu pai, acho que lá pelo km 16, 17. Parecia que estava começando a correr aquela hora! Nesse trecho havia algumas poças d'água no asfalto e corri por vários trechos na ciclovia. Foi o único momento em que choveu uma garoa fina, mas que não incomodou quase nada. Nesse aspecto o clima foi muito amigo, nublado e sem sol durante toda a prova, só um vento leste contra atrapalhou um pouco.
A subida do elevado do Joá foi bem mais tranquila do que pensava. O km 22 ficava no início da subida e precisei encurtar a passada menos do que imaginava. Nessa hora meus olhos se encheram de lágrimas, foi o momento em que tive a sensação real que terminaria a prova. O visual depois do túnel associado a suave descida tornam esse trecho uma delícia!
Em São conrado já estava incomodado com os quadris. É curioso como nos longas em mim o que "chia" mais é o quadril e não o joelho. Um pouco antes da subida da Niemeier, uma grande surpresa: Wanda, Zé e Luli fazendo a maior algazarra com a minha passagem! Foi um ânimo extra para encarar aquela subida! Passei muitos que passaram a andar. Reduzi o ritmo, mas continuei correndo provavelmente a uns 7,5 km/h. A chegada no Leblon era muito esperada e temida. Desde o início dos treinos preparava a cabeça para esse momento, foi como se já tivesse passado por aquilo antes. No km 32 a coxa esquerda ameaçou endurecer, reduzi um pouco mais a velocidade e continuei correndo. Minha irmã Fernanda estaria logo a frente e quis me recuperar para passar correndo por ela. Estavam ela e a Carol(afilhada) e fizeram a maior festa com inclusive um pequeno cartaz "lindo, lindo, lindo". Foi lindo! Um domingo nublado, muita gente andando na pista, umas poucas pessoas incentivando os loucos que estavam há 4 horas correndo. Na minha fantasia imaginava a pista cercada de pessoas aplaudindo... em toda a orla do leblon a copacabana, excetuando a família, umas 5 ou 6 pessoas deram força. Na Francisco Otaviano estavam todos eles: Mamãe, Chris, Alice, João Pedro e Raimunda. Foi uma injeção extra de ânimo, na hora em que precisava. Consegui seguir correndo lento em copacabana, sentindo uma dor "desviada" leve a direita. Na esquina com a Princesa Isabel, Flávia e Leonel aguardavam a minha passagem, incentivadores da primeira hora. O Leonel fez questão de correr ao meu lado por um quilômetro, até o 39. Parte corremos, parte andamos. Minhas pernas ameaçavam o colapso total, ambas as coxas endureciam quando corria, quase em cãimbras, obrigando-me a andar esses últimos quilômetros. Corri alguns pequenos trechos e quase na chegada encontrei com o Alexandre. Quando faltavam pouco mais que 100 metros, dei uma disparada final e terminei num sprint violento, feliz e satisfeito, exultante de ter conseguido fazer o impossível.
Como dizia o Regudo, "a banana engoliu o macaco..."