domingo, 17 de abril de 2011

Ponte para vitória!!!!!!

Calor fenomenal. Só poderia ser pior se a prova fosse em fevereiro.
Tinha " encomendado" um chuvinha fina para São Pedro, mas acho que ele não entendeu direito o que falei e pensou que o tempo bom para prova era sem chuva e mandou um sol senegalês.
Acordei às 5 da manhã antes do despertador tocar, tomei o café habitual - café, pão, coalhada seca- equipei-me todo e às 6 saí para me encontrar com o Pedro e a Márcia Teixeira. A chegada nas barcas já foi colocando a gente no clima. Cheio. Muita gente animada e bem disposta, acho que sem imaginar o calor que iríamos enfrentar logo mais. A travessia foi rápida e uma pequena caminhada nos levou à área de largada. Encontrei com o Gelcio, oncologista, que corre pra valer. Ele disse que se inscreveu na maratona do Rio! Mais uma conversinha, banheiro e Largada!
Eu e o Pedro corremos juntos os primeiros quilômetros, segurando o ritmo e a vontade de disparar. A maratona de Curitiba me deu muitos ensinamentos, o maior deles é o de se manter no ritmo planejado ( ou bem próximo dele) na primeira metade de uma prova longa. A hora de se arriscar é a segunda metade. Essa estratégia foi fundamental na corrida da Ponte.

O vão central foi bem tranquilo, mais até do que eu imaginava. A partir das 9 da manhã o maior adversário do dia marcou a sua presença. Ao contrário do imaginado não ventou na ponte e o calor emanava de todos os lados, sem nenhuma sombra. Logo depois de descer do vão central, por volta do km 10, minha FC já andava em torno de alarmantes 170 bpm e me separei do Pedro, para tentar segurar a FC baixando o ritmo. Reduzi a velocidade mas a FC ignorou essa atitude, preocupada que estava com o calor. Por volta do km 12 o Alexandre ( cunhado do Flávio) me alcançou. Dava até raiva, eu quase morto, rastejando a uns 7,5km/h e ele parecia que tinha acabado de começar a correr. Ele disse que o Flávio estava um pouco atrás, tinha começado a andar por conta do calor. A FC dele estava 140!!! Correu um pouco ao meu lado, tirou umas fotos e seguiu fazendo sua corrida. No km 15 era para ter isotônico, mas tinha acabado!!!!!! Fiquei olhando para o chão, procurando alguma garrafa cheia e achei na mureta várias reunidas por um funcionário da corrida. Nem titubeei, peguei uma quente mesmo e caminhei enquanto bebia o isotônico. Não sei se foi pelo isotônico ou pela caminhada, mas recuperei as energias e ao voltar a correr consegui manter a FC abaixo dos 170 até o km 18. Daí ao final foi só administrar e me preparar para a chegada " espetaculosa de JJ". Quando faltavam 200m comecei a aumentar o ritmo, disparando ao faltarem 100 metros e cruzei a linha de chegada a INACREDITÁVEIS 20km/h!!!!!!!!!!
Tudo devidamente registrado no meu forerunner 405
Ter completado sem andar  foi a maior vitória do dia, fruto de treino e principalmente de ter respeitado o plano de corrida. As lições de Curitiba estão sedimentadas.